Monday, July 27, 2009

�leo certo para seu carro













O �leo certo para seu carro


Quer saber mais sobre mec�nica, servi�os, dicas de manuten��o, cuidados ao dirigir e outros assuntos sobre carros? O G1 abre espa�o para o internauta tirar suas d�vidas sobre autom�veis. O jornalista Ricardo Lopes da Fonseca, que estuda sobre mec�nica h� mais de duas d�cadas e j� se aventurou como piloto participando at� do Rali Paris-Dakar, vai escrever sobre o assunto e responder �s perguntas dos internautas. O tema de abertura � �leo do motor. Qual o tipo de �leo ideal para usar no seu carro? Como e quando efetuar a troca do lubrificante?

Foto: TV Globo/Reprodu��o
TV Globo/Reprodu��o
Checar n�vel de �leo do motor � fundamental (Foto: TV Globo/Reprodu��o)

A principal d�vida sobre �leo para motores � uma s�: que tipo de �leo usar no meu carro? A resposta � bem simples: o que estiver indicado no manual do propriet�rio. Mas, acalme-se, a id�ia aqui n�o � comentar o �bvio, mas sim abrir seus olhos para esse importante assunto na manuten��o do seu ve�culo.

Antes, por�m, vamos detalhar a fun��o do lubrificante. Sua tarefa � evitar o atrito entre as pe�as m�veis dentro do motor e assegurar o bom funcionamento. Esse fluido deve manter suas caracter�sticas de lubrifica��o sob as mais diversas condi��es, sejam clim�ticas ou formas de uso. Com o passar do tempo, o �leo do motor tende a perder sua viscosidade - caracter�stica principal no lubrificante -, encarregada de fazer com que o �leo permane�a por mais tempo revestindo as pe�as que est�o em contato dentro do motor. Perdendo a viscosidade, o atrito poder� comprometer o funcionamento do motor e deste modo a vida �til, al�m de reduzir o desempenho e aumentar o consumo.

Muitas pessoas t�m o h�bito de s� completar o �leo quando este est� abaixo do limite, sendo que o mais adequado � fazer a troca completa do lubrificante. Esse erro pode custar caro. Se n�o for substitu�do, o �leo fica mais sujo que o normal, j� que al�m de lubrificar ele tamb�m tem a fun��o de eliminar determinados res�duos da combust�o � queima do combust�vel - e isso compromete a viscosidade.

Mas o que fazer para o �leo n�o perder a viscosidade? O correto � fazer as trocas dentro dos limites de quilometragem estabelecidos para cada tipo de �leo.

Que �leo colocar?

Para saber qual � o lubrificante correto para seu ve�culo consulte o "Manual do Propriet�rio" na se��o referente a manuten��o. � simples e r�pido. Lembre-se de observar os dados referentes a viscosidade (SAE) e ao desempenho (API) e grave esses n�meros. Outra possibilidade � conferir as tabelas de recomenda��o dispon�veis nos postos de servi�o. Conhe�a os tipos de �leo:


�leo mineral multiviscoso - O mineral multiviscoso � o mais comum no mercado. Esse tipo de �leo � adequado para qualquer motor, sendo ele de qualquer cilindrada ou combust�vel. Sua principal caracter�stica � adaptar a viscosidade de acordo com a temperatura de funcionamento do motor.

Vamos tomar como exemplo o 15W40. O primeiro n�mero indica a viscosidade do �leo em uma temperatura baixa, como na hora da partida, e o segundo indica a viscosidade � temperatura operacional. Quanto menor o primeiro n�mero, mais fino � o �leo e quanto maior o segundo, mais grosso. O cuidado necess�rio � efetuar as trocas antes de atingir o limite de quilometragem, nesse tipo de �leo recomendada a cada 5 mil quil�metros. Caso passe despercebido, com o tempo provoca alto �ndice de carboniza��o interna do motor que, a partir de ent�o, fica sujeito a falhas e quebras.

�leo semi-sint�tico - O semi-sint�tico � o �leo que mistura a base sint�tica com a mineral. Esse tipo � recomendado para motores mais potentes que trabalham em altas rota��es. Mas, nada impede seu uso em motores menos potentes. Provoca menos carboniza��o interna e contribui para amenizar o atrito entre as pe�as internas do motor, principalmente durante a partida, quando a maior parte do �leo encontra-se em repouso no c�rter � reservat�rio do �leo. Ele tamb�m � do tipo multiviscoso. A troca � recomendada pela maioria dos fabricantes a cada 10 mil quil�metros, mas conv�m efetu�-la antes disso, por volta dos 8 mil.

�leo sint�tico - Os sint�ticos s�o os mais elaborados e caros e prometem manter a viscosidade constante, independentemente da temperatura de funcionamento do motor. Com essa caracter�stica a tend�ncia � n�o carbonizar o motor. S�o indicados para os modelos esportivos que trabalham em regimes mais severos. A troca � recomendada a cada 20 mil quil�metros, mas � bom ficar sempre atento ao n�vel.

O mais importante de tudo � usar um �nico tipo de �leo e, de prefer�ncia, da mesma marca. Em princ�pio, os �leos automotivos s�o compat�veis entre si, sendo at� poss�vel misturar marcas diferentes. Por�m � preciso tomar o devido cuidado de usar produtos de um mesmo n�vel de desempenho (API) - sigla em ingl�s de Instituto Americano do Petr�leo, uma classifica��o de duas letras que informa o tipo de motor para o qual o �leo se destina (gasolina ou diesel) e o n�vel de qualidade.

Tamb�m n�o se esquecer do mesmo �ndice de viscosidade (SAE) - sigla em ingl�s para Sociedade de Engenharia Automotiva, que classifica os lubrificantes automotivos em faixas de viscosidade. No entanto, a melhor alternativa ainda � evitar esse procedimento. Uma observa��o importante � nunca misturar �leo mineral com �leo sint�tico. O tempo de troca tamb�m varia de modelo para modelo.


Medi��o no posto de gasolina

� comum entre os motoristas pedir para checar o n�vel em postos de gasolina durante o abastecimento. O procedimento � correto, mas, geralmente, os atendentes n�o perguntam qual a marca e o tipo de �leo que voc� prefere ou mesmo o que j� est� no reservat�rio do motor. Eles medem o n�vel e, se estiver baixo, completam com o �leo que tiverem no estoque.


Nesse momento � importante ter paci�ncia e aguardar pelo menos tr�s minutos com o carro desligado antes de fazer a medi��o. Esse tempo � necess�rio para que todo o �leo do motor escorra para o c�rter e assim permita uma correta avalia��o do n�vel.

� por isso que as montadoras aconselham os propriet�rios a trocar ou completar o �leo em concession�ria autorizada. Cada marca tem sua recomenda��o espec�fica, mas nada que, se voc� tomar toda a cautela, n�o seja poss�vel de realizar em postos de servi�o.

Com o uso do carro, o n�vel do �leo baixa um pouco devido �s folgas do motor e � queima parcial na c�mara de combust�o. Assim, enquanto n�o chega a hora de trocar o �leo, devemos ir completando o n�vel. Motores com mais de 100 mil quil�metros rodados t�m mais folga em determinados componentes internos que os ve�culos novos e, portanto, tendem a baixar mais o n�vel de �leo no c�rter. � bom lembrar que mesmo o motor novo tamb�m tem certo consumo de �leo, assim o acompanhamento do n�vel se faz necess�rio para qualquer carro, independente do tipo de combust�vel utilizado e tempo de uso.

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